"Eu dedico esse concerto à senhora justiça que há muito tempo tirou férias desse país e em reconhecimento ao impostor que tomou o seu lugar." - (V de Vingança)

segunda-feira, 24 de julho de 2017

I Guerra Mundial

  Antes de prosseguirmos por esse relato da vida de Hitler, é bom pararmos e darmos uma olhada na Europa durante esse parte da vida dele, pouco antes de sair da vida de mendigo e ingressar na carreira militar alemã.
  O mundo já possuía um cenário de guerra no inicio de 1914, porém, muito mascaradamente, explico porque. Muito se diz de Julho de 1914, mas, pouco se fala a respeito de Janeiro-Junho do mesmo ano. Relatos da época dizem que esses meses foram os mais pacíficos da História, a terra usufruía de grande paz entre as pessoas e entre os países, parecia mesmo que todos os problemas começariam a se resolver de maneira espontânea, mas, sabemos que essa era a visão que as pessoas tinham acerca do mundo daquela época, a verdade era que a muito tempo os países se preparavam para uma guerra, por exemplo, a Alemanha em tempos de paz chegou a ter 760 mil homens armados e treinados para as mais diversas funções em um exército. Com a campanha armamentista alemã, a França também preparou-se para o conflito e passou a acrescentar em suas fileiras mais 750 mil homens e isso se estendeu por todos os países da Europa  que chegavam a cerca de 20 países. Em 28 de Junho de 1914 ocorre o estopim da guerra, o assassinato do Arqueduque Francisco Ferdinando e sua esposa Sofia Chotek. No dia 23 de Julho de 1914, Viena envia um ultimato a Sérvia  para o julgamento dos culpados e que eles sejam entregues para punição, obviamente a Sérvia se nega o que cria um conflito entre os países e se espalha pela Europa. No dia 28 de Julho de 1914 estoura oficialmente a guerra.
  O cenário político Austro-Húngaro pré-guerra favorecia em muito o surgimento de uma classe de pessoal antissemitas e de extrema direita pelos partidos políticos atuantes em sua época, exemplos disso são os partidos Nacional Pangermânico de Georg Van Schoenerer e o Social-Cristão de Karl Lueger, dois nomes que influenciaram grandemente o pensamento nazista antissemita. Lueger era um político talentoso que conseguiu converter a Igreja Católica Apostólica Romana em uma grande aliada política apesar de sua política de ódio baseado na ordem religiosa e econômica (que Adolf Hitler acham ser motivos muito vagos para se basear o antissemitismo). Desse mesmo adorou anos depois o partido nazista a ideia das Knabenhorte (jovens uniformizados carregando bandeiras desfilando ao som de bandas marciais). Já quando falamos de Georg Van Schoenerer podemos falar de maneabilidade política pois seu início liberal se transformou em uma vida pública baseada em uma ideologia conservadora de extrema direita pelo simples fato da grande maioria dos eleitores estarem se convertendo em massa a essa corrente de pensamento, em resultado disso, em 1901 Schoenerer contava com vinte e uma cadeiras no Parlamento Austro-Húngaro.
 Apesar das mentes que influenciaram sua construção política estarem em Viena, Hitler passou a odiar a cidade por sua constituição populacional, em sua maioria tchecos, polacos, húngaros, sérvios e croatas. Seu próximo destino não podia ser outro além da bela Munique, onde levou uma vida simples, mas que segundo ele mesmo diria anos mais tarde foi o mais feliz e tranquilo período de sua vida pelo simples fato que não poderia se deixar passar despercebido: Munique era uma cidade alemã as portas de uma guerra. Durante o período que a Alemanha corria para cumprir sua missão armamentistas que se iniciou em 1911/1912, Adolf se ocupava em debates políticos em cafés e cervejarias durante todo o dia quando não estava "devorando" seus livros.
 Assim que o arauto da morte anuncia o banquete com o início de uma guerra sem precedentes na história conhecida hoje como I Guerra Mundial, Hitler não se aguenta de emoção e contentamento com a ideia de que aquela não seria apenas uma guerra de duas nações pelo assassinato de um nobre e sim a oportunidade da Alemanha se reafirmar como nação dominante da terra, era a oportunidade de se reerguer o Império Alemão das lendas de Valhala. Não perdeu tempo e enviou uma petição para lutar na companhia de Ludovico III da Baviera embora fosse austríaco e não muito tempo depois recebeu sua resposta: Havia sido aprovado como soldado na 1° Companhia do 16° Regimento Bávaro de Infantaria. Seu contentamento foi tamanho que '[...] caiu de joelhos para dar graças ao céu, de todo coração, pelo favor que lhe ofereceu ao permitir-lhe viver naquele instante'.
 Dentro do exército subiu rapidamente de funções enquanto a batalha se desenrolava e ao passo que seus companheiros amaldiçoavam a guerra, ele permanecia em completo êxtase pela batalha e a possibilidade que se lhe havia apresentado segundo sua visão. Se ausentou apenas duas vezes do combate, uma quando foi ferido na perna (nessa ocasião se tratou em Berlim e recebeu a Cruz de Ferro de segunda classe) e a segunda quando um ônus de gás lhe deixou cego precisando ser tratado em Pasewalk, Pomerânia. Durante essa segunda vez enquanto ainda se tratava das feridas, os representantes da nação alemã assinavam o armistício e a amada Alemanha de Hitler se rendia aos Aliados. Em seu livro, Hitler é bem enfático sobre seus sentimentos quanto a esse armistício:
 "[...] Tudo havia sido, pois, em vão. [...] Míseros e depravados criminosos! Quanto mais eu procurava naquela hora formar um conceito claro de tão terrível acontecimento, tanto mais fogosa e violenta era a cólera e a vergonha que enrubescia o meu semblante."


(Hitler como soldado na primeira guerra, na foto ele está em destaque como primeiro à esquerda)

Nenhum comentário:

Postar um comentário