Antes de mais nada(como todo capítulo até aqui) vamos entender um pouco do fundo histórico em que se encontrava Hitler.
Em 1867 foi promulgada a constituição do Império Áustro-Húngaro dividindo o reino em dois territórios: a Áustria tendo como capital a cidade de Viena e a Hungria por sua vez reconhecia Budapeste como sua capital, porém, ambos os países respondiam e reconheciam um soberano, o Imperador Francisco José.
Ao subir ao trono com apenas dezoito anos de idade precisou do auxílio do primeiro-ministro Schwarzenberg para a dominação da Sardenha e controle parcial de seu vasto domínio. Em 1849, ajudado pela Rússia, frusta os planos de independência territorial separatista da insurreição húngara.
Sua primeira derrota mais marcante foi em uma batalha em 1859 contra a França, onde perdeu grande parte do seus homens e armamentos. Esse talvez tenha sido um golpe duro demais para o imperador que agora apelava para a política externa para não entrar em outra batalha campal já que não exitou em dividir com a Prússia os ducados de Shleswig-Holstein. Em 3 de junho de 1866, durante a Paz de Viena, perde Veneza.
Sua vida política depois da batalha francesa decaiu muito, mas, sua vida pessoal levou Francisco José quase a loucura. Em 1867, o também imperador e irmão Maximiliano era fuzilado no México e nos anos seguintes seu filho e herdeiro morre de uma morte misteriosa em sua casa de caça e sua esposa é assassinada.
O mundo cai sobre os ombros do Imperador que cansado de sua vida política e pessoal consede a Hungria autonomia e faz reformas políticas relevantes que desencadeiam uma luta árdua de classes e nacionalidades que Hitler a muito temia e previa.
O problema, segundo Hitler, seria a falta de ação do governo em relação ao seu problema étnico e apartir daí surgem os conceitos hitlerianos de raça e nação, onde desenvolve-se também o ódio nazista em relação a judeus já que governo em atividade "protege" judeus e eslavos em vez dos interesses alemães. Era incalculável o prejuízo dessa "nação alemã" ter se misturado a tais "raças inferiores" e seu maior e mais eloquente exemplo de tal era a superioridade da América do Norte que se manteve "mais pura" em relação a miscigenação com os nativos em relação os colonizadores das Américas Central e do Sul, pensamentos fortemente influenciados por Houston Chamberlain, Gobineau e Nietzsche.
Hitler viveu em Viena por longos quatro anos(1909-1913). Sem dinheiro vagou pelas ruas com fome e frio após terem acabados as reservas de dinheiro que lhe restavam da venda de seus itens pessoais. Procurava trabalhos e serviços aqui e ali e foi onde trabalhou como servente de pedreiro(de onde saiu por problemas com a força sindical), carregador de malas e varredor de neve. Por diversas vezes tomou a sopa da caridade oferecida pelas freiras em Gumpendorferstrasse, porém, o fato que mais nos chama atenção aqui é a ironia da situação seguinte, pois, Hitler, o homem que iria aprisionar e torturar levando a morte milhões de judeus, se refugiava do frio em um abrigo para pobres e mendigos mantido por um barão chamado Von Konigswarter um magnata judeu em Viena onde recebeu de um colega de infortúnio também judeu de nome Neumann um sobretudo velho e um chapéu.
Por sua eloquência política e extremo prazer em debater assuntos ligados à mesma, foi tachado como desequilibrado quando em seus discursos gesticulava e batia o pé. Em uma das poucas idas ao cinema assistiu a um filme que lhe deixou facinado com o poder de persuasão de um anarquista que levava as massas as revoluções com discursos carregados de orgulho e paixão à liberdade, o filme era "O Túnel" adaptação de um romance de Kellermann. Por dias discorreu sobre o poder da palavra e como podia impulsionar a massa a determinada direção quando aplicada de maneira correta: "as massas preferem o homem que comanda ao que implora" pensava ele e nos anos seguintes vimos que ele não estava errado.
Um pequeno blog despretensioso que tem por objetivo mostrar a história pelo que realmente é: Fatos analisados friamente de modo neutro.
"Eu dedico esse concerto à senhora justiça que há muito tempo tirou férias desse país e em reconhecimento ao impostor que tomou o seu lugar." - (V de Vingança)
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
Na Casa Do Inimigo
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